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Dados divulgados no mês de novembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que a expectativa de vida da população idosa do Espírito Santo é a maior do País.

De acordo com a Tábua de Mortalidade do Instituto, idosos que completaram 60 e 65 anos em 2017 podem esperar viver mais 24,1 e 20,3 anos, respectivamente, o que significa atingir mais de 84 anos. O índice supera a média nacional que é de 83,7. Para as mulheres, o quadro é ainda mais positivo, podendo alcançar 22 anos a mais.

O médico Heitor Spagnol dos Santos, geriatra do São Bernardo Apart Hospital, relaciona alguns fatores para o aumento da longevidade do brasileiro. Entre eles, o cuidado com a própria saúde e mudanças no estilo de vida por hábitos mais saudáveis.

“As pessoas estão procurando conhecer melhor o seu corpo e buscando o médico com certa antecedência para fazer a promoção da saúde. O segundo ponto é em relação ao estilo de vida. As pessoas têm tido hábitos de vida mais saudáveis, com a prática de exercício físico de forma regular, com mudanças na alimentação, controle de doenças como hipertensão, diabetes e colesterol alto”, explica.

Além disso, o geriatra considera os avanços da medicina como fator determinante para o aumento da longevidade. “É possível viver mais porque, felizmente, hoje a medicina disponibiliza maior acessibilidade das pessoas a determinados exames que são capazes de detectar doenças na fase mais precoce e, portanto, trazer maior chance de cura”, destaca.

HeitorO geriatra Heitor Spagnol dos Santos explica que os cuidados com a saúde são determinantes para a longevidade.

O participante da PREVES, Luiz Antonio Martins de Souza, tem 65 anos e é servidor da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz). Ele ressalta que, além de cuidar da saúde física e mental, é preciso planejar as finanças para o futuro. “Após os 60 deve-se ter mais atenção com a saúde física e mental, para que a sobrevida, que a princípio não é mais tão longa, seja gratificante. E, como fator importante nessa longevidade que vemos hoje, a estabilidade econômica é fator de suma importância”, diz.

Luiz Antonio também classifica a previdência complementar como uma alternativa de segurança financeira a longo prazo e conta que experiências na família mostram que é preciso investir no futuro financeiro.

“Com o passar dos anos os proventos dos benefícios do governo vão se achatando. Como exemplo disso, lembro do meu pai que, quando se aposentou, tinha um benefício muito bom até mesmo para os dias de hoje. Porém, ao final da vida, já muito doente, o valor desse benefício passou a ser menor do que a metade daquele que ele auferia no começo de sua aposentadoria. Seguindo essa linha de raciocínio, e com exemplo tão próximo, evidentemente não abro mão de contribuir com a previdência complementar de forma nenhuma”, destaca Luiz Antonio.

 

Luiz SefazLuiz Antonio Martins de Souza é participante da PREVES.

 

Viver mais requer planejamento para o futuro

O avanço na medicina está entre os motivos do aumento da expectativa de vida do brasileiro. E, diante de um cenário cada vez mais longevo, é preciso se preparar para novas necessidades e mudanças que a terceira idade requer. A preparação financeira é um dos pontos essenciais para essa fase da vida.

O diretor-presidente da Fundação de Previdência Complementar do Estado do Espírito Santo (PREVES), Alexandre Wernersbach Neves, lembra que para ter qualidade de vida é necessário planejar as finanças desde cedo.

“Sabemos que a intensidade do tempo, muitas vezes, não permite ter visão de longo prazo. Pensamos muito mais em viver o hoje, sem se preocupar com um momento não menos importante da vida como a aposentadoria. Porém, é exatamente lá na frente onde mais vamos precisar de uma segurança financeira para usufruir das conquistas de tantos anos de trabalho. Exatamente por isso, é primordial poupar e organizar as finanças para viver o presente e planejar o futuro”, enfatiza.